Criar uma Loja Virtual Grátis



 

“Concedei-nos, Senhor, a SERENIDADE necessária para aceitar as coisas que não podemos modificar.CORAGEM para modificar aquelas que podemos, e SABEDORIA para distinguir umas das outras.”



  Marcelo Rodrigues Rocha 
O PODER DA PALAVRA DOS PAIS

1. INTRODUÇÃO

 

Cada vez mais se abre o campo de atuação do psicopedagogo, que se tornou um profissional atuante em diversas áreas, a saber: escolas, setores da saúde, empresas e etc. No universo escolar o psicopedagogo pode atuar como Coordenador Pedagógico ou Orientador Educacional analisando os fatores que favorecem, intervém ou prejudicam a aprendizagem em uma instituição.

Na saúde, o psicopedagogo orienta e atende em tratamentos e investiga os problemas emergentes nos processos de aprendizagem, esclarecendo os obstáculos que interferem, favorecendo o desenvolvimento de atitudes e processos adequados; realiza o diagnóstico-psicopedagógico, com especial ênfase nas possibilidades e perturbações, orientando pais e professores em todos os níveis educativos. 

Em empresas o psicopedagogo atua ajudando a superar as dificuldades de relacionamento em grupo, ajuda a empresa a vencer as fragmentações de setores, auxiliando o grupo a observar sua movimentação, e a lidar com frustrações e como reagem ao erro e etc.

O psicopedagogo é um profissional que tem sensibilidade e profissionalismo suficiente para orientar pais e educadores quanto ao uso de seus recursos na formação do caráter das crianças pequenas, que serão frutos das informações que receberam na infância. Se elas serão fortes ou fracas diante do que lançamos sobre elas. Assim como diz que a criança é uma folha em branco, que tudo que ela recebe no seu processo de formação lhe ficara registrado. Por isso psicopedagogo é treinado não só trabalhar as dificuldades de trabalho mais, em síntese as relações do adulto com a criança, levando em conta a estrutura, o contexto e os processos do seu desenvolvimento. O psicopedagogo também orienta e transmite informações sobre os cuidados com as crianças e a preocupação que se deve ter no seu processo de desenvolvimento, e neste contexto, pais e educadores precisam entender o valor das palavras e o peso delas na formação do caráter da criança.

O presente artigo originou-se de minhas inquietações em ouvir muitas crianças e adolescentes queixarem e sofrerem por aquilo que seus pais e educadores falaram a elas e, que muito as machucaram; como ouço em muitas conversas com crianças e adolescentes institucionalizados, aqueles e que ouviram palavras como: “você é burra”, “você não presta”, “você é inútil”, “eu não amo você”, “não sei por que você nasceu” “Não aprende nada” etc. Uma pedagogia de opressão que precisa ser transformada em uma pedagogia de afeto.

Muitos não avaliam o que falam, sejam as palavras ditas em um momento                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                    de impulso, raiva ou até mesmo em tom de brincadeira e, que esta palavra se registrará no seu consciente/inconsciente será determinante na vida desta criança.

A criança se vê a partir do adulto, e ela reproduz o universo do adulto, e o que ela será no futuro. Uma palavra pode determinar aquilo que uma pessoa será no futuro? Já ouvimos dizer que palavra tem poder, e palavra não tem poder, e sim o certo é dizer que a poder nas nossas palavras.  A palavra é construtiva ou destrutiva a partir daquele que a recebe, e o que fará com a palavra que recebeu.

Assim podemos antemão dizer que a palavra pode salvar como pode também causar muito dor e, deixar seqüelas que ficarão pelo resto da vida, como também a palavra pode transformar uma pessoa em um ser humano forte e feliz. Por isso é preciso pensar nos processos do uso da linguagem como mecanismos de socialização e suas atribuições no universo das relações humanas e do desenvolvimento infantil.

A linguagem é um poderoso instrumento nas ações humanas, a linguagem como um conjunto cujos elementos se determinam em suas inter-relações, ela pode ser definida como qualquer e todo sistema que serve de meio de comunicação de idéias ou sentimentos através de signos convencionais que promove a socialização humana. (MUSSEN, 1977)

A socialização remete claramente à função de comunicação da linguagem que é a assimilação de hábitos, características do seu grupo social, todo o processo através do qual um indivíduo se torna membro funcional de uma comunidade, assimilando a cultura que lhe é própria num processo contínuo que nunca se dá por terminado, realizando-se através da comunicação. (MUSSEN, 1977).

O processo de socialização inicia-se contudo, após o nascimento, através primeiramente da familia ou outros agentes proximos como a escola, os meios de comunicação de massas e dos grupos de referência que é  processo através do qual o indivíduo se integra no grupo em que nasceu adquirindo os seus hábitos e valores característicos. (MUSSEN, 1977)

Através da linguagem e dos  processos de socialização o indivíduo pode desenvolver a sua personalidade e ser admitido na sociedade. A linguagem e a socialização é, portanto, um processo fundamental não apenas para a integração do indivíduo nesta sociedade que utiliza a fala para muitas de suas ações, mas também, para a continuidade dos Sistemas Sociais.

Por isso este artigo pretende mostrar a importância da linguagem, principalmente o uso da palavra na formação do sujeito no seu processo de socialização e adaptação do mundo. Como as coisas que lhe são ditas, principalmente pelos pais, ou por aqueles indivíduos com quem a criança possui forte vínculo afetivo, podem determinar todo o seu comportamento no futuro, a formação do seu caráter e a sua postura em relação à vida se lhe será positiva ou negativa.

Justifica-se a escolha deste tema por ser fundamentalmente para o trabalho de qualquer profissional, seja da área da saúde, educação e outros. Porém, no contexto deste artigo falamos da ação do psicopedagogo para a orientação dos pais e educadores no cuidado das palavras, por saber que as palavras são como sementes que, se bem plantadas retornam a aqueles que a plantou trazendo uma farta e alegre colheita. (Oliveira apud Pimentel, 2003)

A metodologia utilizada neste estudo foi a revisão da bibliografia referente ao assunto ligado ao tema, que teve como objetivo mostrar a importância que a palavra proferida, principalmente pelos pais e educadores possui na formação das representações mentais da criança e que ficará significada de alguma forma específica no universo simbólico deste indivíduo ao longo de toda a sua vida. E também apresentar a ação do psicopedagogo no estimulo, de uma nova mentalidade de ações frente a criança, para a formação de indivíduos mais tarde sadios e capazes para o enfrentamento da vida.

Pretende-se ressaltar aqui o cuidado que se deve ter com as palavras ditas, pois elas podem determinar o destino de um sujeito em plena formação seu mundo interior, seu psiquismo e suas representações.

 

2 O PODER DA PALAVRA: A LINGUAGEM

 

A linguagem humana é o termo entre o eu e o outro. Entre o sujeito que fala e seu ouvinte existe um anteparo, uma proteção, uma espécie de muralha que se ergue, mesmo quando há silêncio. Entre dois seres humano existem sempre a muralha da linguagem. (LONGO, 2006).

 

 

Oliveira (1997) diz que para Vygotsky uma palavra sem significado é um som vazio, o significado, portanto, é um critério da palavra, pois a linguagem e os sistemas simbólicos básicos de todos os grupos humanos e as questões do desenvolvimento ocupa lugar central em suas obras e a função principal da linguagem é a de intercâmbio social  que se utiliza para se comunicar com os semelhantes.

 O uso da fala simbólica é exclusividade do homem, toda sociedade humana, não importa o quanto ela seja primitiva e isolada, tem uma linguagem, enquanto nenhuma sociedade animal desenvolveu a sua. Não é possível conhecer uma sociedade humana sem uma linguagem, pois a linguagem nos habilita e nos possibilita comunicar um numero infinito e variado de mensagens, significados, intenções e pensamentos (MUSSEN 1977).

A linguagem afeta todos os aspectos do comportamento humano, a maior parte do que nos conhecemos nos é transmitida através de palavras e símbolos. A aquisição da linguagem é dos aspectos mais extraordinários do desenvolvimento infantil. E toda criança normal de todas as culturas adquiram a linguagem e falam razoavelmente bem, e assim ela se lança em um universo absolutamente novo de aprender, compreender e tornar-se capar de lidar com as experiências vividas agora. (MUSSEN 1977).

A linguagem é uma marcante característica do comportamento humano, uma vez que ela tem uma repercussão nas interações sociais e no funcionamento cognitivo, as crianças escutam a linguagem a sua volta o tempo todo e com isto estão adquirindo alguma informação a sua volta. (MUSSEN 1977).

As evidências neurológicas no apontam que os seres humanos têm certo tipo de mecanismo inato para processar a linguagem, que depende da maturação e das mudanças nos sistemas neuromusculares, ou seja, a aquisição da linguagem esta associada a uma crescente especialização das estruturas e do funcionamento neurológico na dominância cerebral ou lateralidade da função cerebral. A fala esta representada pelo hemisfério esquerdo do cérebro. (MUSSEN 1977).

Estamos acostumados a considerar a linguagem como um sistema de comunicação simbólica, na qual os símbolos são entidades abstratas que nos permitem mover-nos num espaço de discursos. A linguagem, sendo um fenômeno biológico que se origina na nossa historia evolutiva, consiste numa operação de coordenações consensuais de conduta. As palavras não são inócuas, e não é indiferente usarmos uma ou outra numa determinada situação. As palavras que usamos não somente revelam nosso pensar, como também projetam o curso do nosso fazer. (MATURANA, 2002). 

Ocorre, entretanto, que o domínio em que se realizam as ações que as palavras coordenam não é sempre claro num discurso, e é preciso esperar o devir do viver para sabê-lo. As coisas ditas com raiva têm um poder, um valor ou uma respeitabilidade diferente daquelas ditas na serenidade e no equilíbrio. A linguagem como fenômeno, como um operar do observador, não ocorre na cabeça nem consiste num conjunto de regras, mas ocorre no espaço de relações e pertence ao âmbito das coordenações de ação, como um modo de fluir nelas. Se nossa estrutura muda, muda meu modo estar em relação com os demais e, portanto, muda nosso linguajar (MATURANA, 2002). 

Segundo Lev Vygostky, citado por Oliveira (2000) o desenvolvimento do sujeito se dá em quatro planos: o filogenético que determina as características da espécie e assim, na espécie humana, determinada uma plasticidade cerebral, que ao mesmo tempo faz com que o bebê humano seja o menos pronto ao nascer, ao mesmo tempo permite suas capacidades de inteligência e aprendizado sejam maiores com o passar do tempo; a ontogenética que se refere ao desenvolvimento do ser com seu ritmo biológico e sua seqüência de desenvolvimento; a sócio-gênese que possibilita que o sujeito se desenvolva em concordância com o meio cultural no qual está inserido; e a microgênese, que é o campo dos fenômenos pessoais, ou seja, da experiência individual e intransferível que cada indivíduo tem ao longo de sua história.

            Oliveira (2000) ao citar Vygostky fala que em suas pesquisas afirmou que na relação do indivíduo com o mundo ocorre uma mediação simbólica, ou seja, a percepção das coisas não se dá de maneira direta, mas através de símbolos e instrumentos, ou ainda através da experiência de outra pessoa, que muitas vezes, no caso das crianças, é através da mãe. Para Vygostky, apresentado por Oliveira (2000) a linguagem é o principal instrumento de representação simbólica, para ele o elo principal entre os indivíduos é a língua, a fala, o discurso.

Para Oliveira (2000) a linguagem tem a função de comunicação e de criar o pensamento generalizado, onde a língua se encaixa com o pensamento e onde o significado de cada palavra torna-se um fenômeno do pensamento. Assim, é por meio da palavra que o pensamento pode existir. Oliveira (2000) diz que Vygostky afirma que essa construção do desenvolvimento do sujeito, tanto mental como social, ocorre de fora para dentro.

No início a criança só ouve o que acontece ao seu redor e manifesta-se de forma não especificada, com a absorção da linguagem, a criança começa a internalizar os conceitos que esta linguagem representa, e mais tarde, estes conceitos passam a ser representados mentalmente por ela da maneira como ela os entendeu e os internalizou.

No mundo não a nada que participe da linguagem, a realidade se expressa na palavra, e só existe na medida em que se possa dizê-la (LONGO, 2006).

 

 

3 O PODER DA PALAVRA QUE FAZ O INDIVÍDUO

 

 

As palavras têm poder, têm força. Deus criou todas as coisas mediante o poder de sua palavra quando disse: Haja luz. E “houve luz”. Jesus curou muitas vezes, apenas com uma ordem: “Sê curado”. (PIMENTEL, 2004).

 

 

A palavra edifica, renova os ânimos, traz alívio e consolo. Muitas vezes, quando estamos desanimados e abatidos, uma palavra certa que lemos ou ouvimos, pode mudar nosso humor completamente. Com o extraordinário poder de sustentar elevar a auto-estima e o amor próprio de uma pessoa, a palavra pode atingir como revelar o que há de mais profundo na alma de alguém. Isaías disse: “O Senhor me deu a língua dos instruídos para que eu saiba sustentar com uma palavra o que está cansado...” (PIMENTEL, 2004).

Queremos o melhor para as crianças, mas às vezes agimos como se o amor encobrisse o peso das nossas palavras e ações. Não temos consciência do quanto os atingimos com o que fazemos e dizemos. A palavra é um instrumento, tanto pode ser usado para o bem, quanto para o mal. Ela também tem o poder de destruir, arruinar, deprimir, de causar toda sorte de dor à alma de alguém, podendo deixar profundas marcas (PIMENTEL, 2004).

Certas palavras, ditas pelos pais ou educadores deixam feridas abertas por longos anos ou, para sempre na vida de uma pessoa. Além da força que a palavra traz em si e sua influência, ela pode ser muito mais devastadora dependendo de quem as profere, pelo significado que tal pessoa tem para a pessoa que a proferiu. Uma criança, por exemplo, pode ficar muito ferida com o que um colega tenha dito, ou até um desconhecido. Mas quando certas coisas são ditas pelos pais, professores ou por pessoas muito importantes para elas, a força é extremamente maior, o significado é muito mais forte, que deixam raízes muito mais profundas (PIMENTEL, 2004).

O comportamento das crianças é fortemente influenciado pelo que os adultos, principalmente seus pais, esperam dela, pelo conceito que eles têm a seu respeito. Quando se diz a uma criança, desde pequena, que ela é rebelde, estúpida, desastrada, burra, inútil ou qualquer outro rótulo, cria-se um cerco em volta dela de forma que fica difícil ultrapassá-lo. Ela acredita que é assim e não consegue agir de forma diferente. (PIMENTEL, 2004).

Movidos pela raiva, pelo descontrole emocional, pais e educadores podem dizer coisas que são como punhal muito forte na alma da criança. Isto acaba passando despercebido porque o ferimento não é tão visível. Ele pode aparecer muito tempo depois, por meio de sintomas, aparentemente sem causas. Comportamentos agressivos, por exemplo, podem surgir como conseqüência de situações bem anteriores. Quando dizemos alguma coisa a uma criança, estamos ligados apenas ao nosso mundo, ao nosso universo e não ao dela. Ela vê as coisas por outro prisma, sua ótica é diferente e, nós não levamos isto em conta (PIMENTEL, 2004).

Em certas polêmicas entre pais e filhos, ambas as partes procuram se empenhar em apresentar seus argumentos de forma mais lógica possível, para justificar sua posição. No momento da discussão, cada qual está concentrado em si mesmo e em seus motivos. Enquanto um fala o outro está armando sua própria defesa, como se vencesse aquele que conseguisse argumentar melhor, provar que tem mais razão. (ROSSET, 2003).

 Estas brigam costumam durar até que as forças se esgotem e a paciência também, raramente se chegando a um acordo. Uma criança não tem uma auto-estima formada, ela não sabe o que pensar de si mesma, se é boa ou ruim, se é inteligente ou burra. Aos poucos é que os conceitos vão sendo construídos, principalmente pelo relacionamento com seus pais e educadores, da forma como eles a vêem, e também com o que eles dizem a ela. (PIMENTEL, 2004).

Por isso pais precisam avaliar as palavras dita aos filhos.

 

4 O PODER DA PALAVRA EM TORNO DO BERÇO

O falador interminável é um aventureiro frustrado. Ele conta todas as suas aventuras que não viveu. Assim é a maior parte das mães e dos pais também (GAIARSA, 1992).

 

 

Desde o berço, como as palavras as mães vão falando quase tudo; elas fazem tudo falando com seus bebes, e através da fala materna começa a verbalização, pois no mundo moderno, há mais palavras que coisas.

Nos pequenos rituais cotidianos, tais como o banho do recém-nascido, é freqüente que a avó, uma velha tia, a parteira, tenham o mesmo procedimento, declamando diante do bebê os nomes da sua linhagem, talvez simplesmente para falar com ele, contar-lhe histórias. Diz-se que estas evocações podem acalmar a criança e conduzi-la ao sono. A saudação do bebê, a identificação explícita dos seus ancestrais, é considerada como um dever do adulto: por isso é indispensável procedê-la diante de ma assembléia... A saudação resta, entretanto, indispensável, debulhando os laços de sangue, regando a criança com sua pertença. Identificar o outro, nomeá-lo, nomear seus pais, não consiste somente em definir sua natureza, trata-se também de defini-lo como estrangeiro a si, reconhecê-lo outro, logo acordar-lhe existência. (NATHAN apud MELLO, 2008)

As primeiras palavras ditas à criança são em torno do “berço”, e estas palavras têm uma importância fundamental na formação psíquica da criança. Diz uma lenda que as fadas, as boas ou más, se curvam sobre os berços para cobrir de dons os recém-nascidos ou destruí-los, lançando-lhes uma sorte, uma palavra depreciativa. (CABASSU, 2003)

Esta fábula, como a maioria dos contos, frutos de antigas tradições orais, era cheia de ensinamentos. Ela nos diz que: doze fadas benevolentes foram convidadas a fazer seus dons à princesa, uma décima terceira foi esquecida; despeitada, a fada esquecida irrompe entre a décima primeira e a décima segunda fada e prediz a morte da criança. A décima segunda fada surge de um canto da sala, adiante-se para dizer de sua impotência em anular este destino, e que está em seu poder apenas amenizá-lo: “a criança sobreviverá, mas ao preço de um longo sono”.

Não parece ser necessário ir mais adiante para compreender como freqüentemente, sem o saber, nós profissionais encarregados do dizer dos pais e da criança, somos confrontados ao dilema de estar no lugar da décima segunda fada ou da décima terceira fada esquecida: de fixar ou, ao contrário, de inflectir o destino de uma criança, tal qual podemos perceber no que se passa entre ela e as pessoas que a rodeia desde o inicio da vida, ou antes, mesmo de seu nascimento.

Como, no curso da instauração precoce do aparelho psíquico, o impacto do discurso sobre a representação inconsciente que as pessoas têm do bebê pode modificar de maneira significativa o curso dos acontecimentos. (CABASSU, 2003).

 

5 O PODER DA PALAVRA QUE FAZ O ATO –PAI

 

Como fecha lançada pelo argueiro, à criança deve ser preparada pelos pais para tornarem-se adultas (WEBSTER, 1996).

 

 

Filhos desejam se comunicar com seus pais e querem ouvir o que eles têm a dizer e, sua comunicação começa geralmente quando estes nascem. A criança sabe quando é amada, aceita e tem segurança vinda de seus pais, talvez não articule a necessidade de estar com o pai, mais dão valor e dependem do tempo em que passam com ele, apesar de sentir tal necessidade ainda que não consiga verbalizá-la.

O choro de uma criança às vezes é a forma dela verbalizar o que esta sentindo e querendo; o choro pode ser a forma de a criança querer verbalizar aos seus pais o que em palavras ainda não conseguem, por isso o que o pai diz tem muito valor, muitas vezes não a palavra em si, mas apenas o tom e a ação que vem com a palavra. (WEBSTER, 1996).

Os pais que individualmente empenham-se em suas tarefas e tem cada vez mais consciência de suas responsabilidades e tarefas, o que faz pra que faz e não só pra que faz a palavra “pai” para criança tem muito significado

 

O significante “pai” exerce seus efeitos na vida do sujeito, sem que este saiba, mas não se insistiu bastante sobre a função significante que condiciona o acesso à paternidade.  Não existe nenhuma necessidade de um significante para ser genitor, mas para dizer-se “pai” é preciso aceder à linguagem. O adágio latino “pater incertus” repete-nos que o pai é sempre incerto, enquanto genitor, mas, precisamente, a paternidade, ligada à linguagem, pode muito bem exercer seus efeitos quando o engendramento não entra em questão, na adoção, por exemplo: “Eu te nomeio filho, tu me chamas pai”. Declarando que sou teu pai, afirmando que “é meu filho”, realizo pela palavra o ato paternante, engajo-me num processo de simbolização, reconheço-me responsável, dou minha palavra e meu nome. (THIS, 1987).

Falando, efetuo, enuncio, opero um ato carregado de conseqüências. Está dito e é definitivo. Uma palavra que faz ato, uma palavra de verdade, que “realiza” o ato numa enunciação verbal que o consuma. A intricação do real e do imaginário sob o efeito do simbólico é evidente no que concerne a paternidade. A propósito do nome do pai, se atinge o mais alto grau de realidade do inconsciente como lugar onde o significante como tal “exerce”, em estado de certa forma puro, sua função de produção de significado (THIS, 1987).

Aquele a quem a criança se dirige dizendo: “Papai”, não é forçosamente o genitor. Um pai não é forçosamente aquele que a essa mulher lhe fez um filho, o pai é uma função que se refere ao real, não é forçosamente o verdadeiro do real. Isso não impede que o real do pai seja absolutamente fundamental na análise. (THIS, 1987)

O modo de existência do pai está radicado no real. É o único caso em que o real e mais forte do que o verdadeiro. Digamos que o real, ele também, pode ser mítico. Não impede que, para a estrutura, seja tão importante como todo dizer verdadeiro. Nesta direção é que está o real. Resulta sumamente inquietante que haja um real que seja mítico, e por isso Freud manteve em sua doutrina, com tanta insistência, a função do pai (THIS, 1987).

 

 

 

 

 

6 O PODER DA PALAVRA VERBAL COM A CRIANÇA

 

“Meu pai me ensinou... as palavras, uma vez ditas, não podem ser recuperadas... dou valor às palavras e não as uso irrefletidamente...” aceite o conselho de um homem velho... Evite compartilhar falando demais... Uma palavra pode ser tudo que seu filho, precisa para convencer-se (WEBSTER, 1996).

 

Segundo Françoise Dolto (1999), é fácil admitir que as palavras que dizemos a uma criança desde o dia de seu nascimento possam ter importância, pois é assim que ela se familiarizará com as vozes que a rodeiam. Mas o que parece é que a criança apreende o sentido do que lhe dizemos numa idade aonde precede de longe a da aquisição da linguagem. E ela o apreende em todas as línguas. Não especialmente na de seus pais, mas na língua daqueles que a amam e se interessam por ela, mesmo que sejam estrangeiros onde pronunciam palavras que ela nunca ouviu.

Tudo se passa como se houvesse uma compreensão direta daquilo que se quer comunicar à criança, desde que esta sinta o respeito e a consideração que tem com ela, falando-lhe como a igual. Muitas pessoas falam às crianças como a animais domésticos, com o mesmo tom. É falando a um bebê como a um adulto, que compreende o que estamos dizendo, que o abrimos para a linguagem falada. Mas parece mesmo que a criança compreende mais ainda, e, antes de apreender a gramática da língua, percebe a comunicação inconsciente que lhe é feita. (DOLTO 1999).

Essa comunicação de respeito profundo e de explicação. Ela compreende o desejo que se tem de explicar-lhe isso de que sofre, isso que lhe vai acontecer. De todo modo, todos os pais e todos os pediatras que vi e que tentaram falar assim aos bebês começaram dizendo: “Talvez seja loucura, mas vamos tentar”, e o resultado foi absolutamente extraordinário. Todas às vezes, o que se viu foi uma criança transformada em suas relações com o pediatra, essa pessoa estranha que cuida dela. (DOLTO 1999).

 Pode-se pensar que durante os nove meses em que um ser humano é carregado por um adulto, ele participa de suas emoções, não só fisicamente, mas com uma conivência profunda repousa nas vozes, e com uma espécie de intuição telepática que parece existir nos bebês. Já em sua concepção, o ser humano e um ser de linguagem. É muito perturbador, porque não temos explicações psicológicas, mas do que estamos certos é que, cada vez que tentamos ter um verdadeiro diálogo com ele, foram consideráveis os progressos na relação pais-filho. (DOLTO 1999).

Por isso, a palavra dos pais tem um grande peso no processo de desenvolvimento da criança, principalmente na formação do seu caráter.

 

7 O PODER DA PALAVRA DOS PAIS

O desenvolvimento da criança na linguagem falada é um elemento muito pessoal. Não se pode medir o QI pela data em que principia a linguagem inteligível (HANCOOK, 1980).

 

 

            Para a maioria dos pais, o desenvolvimento da capacidade da linguagem falada é um dos mais emocionantes momentos na vida da criança, suas raízes são aprofundadas. As palavras amorosas ou mesmo sussurradas quando esta sendo amamentada ou embalada para dormir, por exemplo, acalmam e dão segurança, e aquelas que são ditas com firmeza a uma criança por alguém que esta no comando, é palavras que constroem um alicerce para o desenvolvimento da boa linguagem. Muitos pais não percebem que a criança pode entender plenamente o significado das palavras que a elas estão sendo proferidas, mais pode entender o tom e a intenção. (HANCOOK, 1980).

Não há nada de errado em falar com uma criança pequena antes que ela possa responder ou entender o pleno significado das palavras, pois com o seu desenvolvimento ela revelará a sua compreensão, ela vai aos poucos na  fase do seu desenvolvimento compreendendo as palavras, saindo da vocalização para o reconhecimento intencional preparando para a sua entrada no o desenvolvimento da linguagem escrita. (HANCOOK, 1980).

Por meio da comunicação e especialmente da fala articulada e compreensível, a criança assume seu espaço no sistema familiar e social e, a partir de então assume o direito de estar ali e, torna-se parte integrante deste grupo. E a fala torna-se a expressão efetiva da comunicação, e por esta razão é um elemento definidor de pertencimento familiar. Muitas famílias têm o hábito de criar uma linguagem especifica para as crianças, de falar e de entender o quer dizer sem que ela precise expressar a fala corrente do mundo. (ROSSET, 2003).

Para Rosset (2003) são nos contatos sociais com o adulto que a criança procura assimilar o mundo que a rodeia, e se o adulto lhe da à atenção devida, esta criança será capaz de desenvolver longas conversas na busca da compreensão de suas palavras e de suas ações. Sabemos que nem sempre é fácil transmitir aos pais como determinadas palavras faladas aos seus filhos e a forma como elas são ditas podem causar uma grande influência.

Desde o nascimento as crianças estão sob esta forte influência dos pensamentos, emoções e da fala do adulto, daquilo que falamos com consciência e do que não temos consciência e, pais e educadores passam esses componentes para as crianças através do que é dito; a forma como as pessoas falam são tão importante do que o conteúdo que são explicados, o que se grava é a intenção do momento. (ROSSET, 2003).

Rosset (2003), afirma que o nível de auto-estima dos pais é um fator critico na formação dos filhos, pois as palavras revelam muito o universo interior; pais com auto-estima elevada possuem um senso profundo de seu valor e de suas capacidades, sabe valorizar-se e valorizar o outro; com alto-estima média têm sérias dúvidas e, são bastante dependentes da aprovação dos outros, tem o medo dos erros e fracassos e sempre se sente irrealizados; pais com alto-estima baixa tem um profundo senso de desvalorização e inutilidade, tornam negligentes consigo mesmos e com os outros.

E esta auto-estima pode ser herdada e qualificada nas suas ações por seus pais; a auto-estima dos filhos depende diretamente da auto-estima dos pais e seus educadores. (ROSSET, 2003).

 

Uma dificuldade que todos os pais encontram, é quando os filhos não saem com eram expectados. (ROSSET, 2003).

 

 

 

 

Quando eu era criança ouvi minha mãe dizer: “esse menino quando crescer, vai puxar carroça... por que burro deste jeito, não aprende nada”. Durante minha infância e adolescência lembrava destas palavras e não tinha vontade de ir a escola porque, para mim já estava pré-determinado, “eu jamais vou aprender nada.

Um dia na sala de aula escrevi um bilhete pra a menina mais bonita, e infelizmente ela entregou o bilhete a professora, que começo a ler em sala apontando os meus erros de portugues, e disse para todos os alunos ouvirem:“ você nunca vai conseguir ser nada na vida escrendo deste jeito, moleque...”.

 

“Palavras suaves são como favos de mel, doçura para a alma e saúde para o corpo” (PROVÉRBIOS 16:24).

 

As palavras pode ser verdadeiras ou enganosas, mas elas fornecem uma chave para a brir portas do nosso psiquismo, não presisavamos nem ser profissional  para entender os significados e o poder das palavras. Para a criança, seus pais, seus irmãos mais velhos e professores são como “deuses”, e querem ser seus imitadores, porém, infelizmente muitos acabam usando  do poder físico e principalmente o  verbal para se prevalecer sobre o mais fraco. (PIMENTEL, 2004).

As crianças gostam de estar próximas a um adulto, querem se relacionar com eles, ouvir suas conversas, e tal relacionamento tornarão para ela um modelo que ela levara por toda a sua vida; querem participar das conversas dos adultos e ficam admiradas como que falam; as palavras de um adulto tem muito valor em todos os estágios de seu desenvolvimento infantil. (PIMENTEL, 2004).

 

 

8. O PODER DA PALAVRA DOS PAIS NA FORMAÇÃO DO CARÁTER

Pais, as palavras não são tão importantes quanto à mensagem do coração, mas não fale tão depressa que seu filho se perca na linguagem. Procure as palavras certas. (WEBSTER, 1996).

 

Longo (2006) cita que Freud afirma que uma palavra corresponde a um complicado processo associativo no qual se reúne elementos de origem visual, acústico e  sinestésica. Uma palavra, contudo adquiri significado ligando-se a representações formadas por grande variedade de presenentações

 O desenvolvimento do caráter[1] começa nos primeiros anos de vida da criança, psicólogos afirmam que o caráter fundamental da criança já está moldado quando ela atinge os cinco anos de idade e, são de três maneiras diferentes: pelo exemplo, pela instrução e pelo treinamento. (HANCOOK, 1980).

Para Hancook, (1980) o exemplo é o mais importante componente nesta trilogia, filho que vêem pais indulgentes em suas próprias ações, despenhando mal seus papeis, na vida adulta aprenderão a colocar seus interesses em primeiro lugar; que ouvem os pais discutirem sobre o modo de burlar as leis, aprenderão a tratar as leis com desdém ou pouca consideração, que tem pais violentos vão gerar filhos violentos, pais preguiçosos formarão filhos preguiçosos e etc. Qualquer que seja a atitude revelada pelos pais, (sejam boas ou más), ela se reproduzirá no caráter do filho. (HANCOOK, 1980).

As crianças estão continuamente expostas às caras feias, olhares, tons das vozes e principalmente as palavras, e com as palavras surgem os dramas, por que os pais falam o que raramente fazem, crianças aprendem com que elas observam nas ações do adulto; algumas crianças levam tapa na boca por dizerem mentiras, mas acostumam ouvirem seus pais: “se o telefone tocar diz que eu não estou”, “se a vizinha perguntar por mim, diz que estou dormindo”. (PIMENTEL, 2003)

Talvez não percebesse que algo prejudicial que, depois do habito já enraizado torna-se difícil ser modificado. (Pimentel, 2003).

 

 

A instrução e o segundo método importante para moldar o caráter, a apresentação dos resultados desastrosos de caráter falho e os bons resultados do caráter forte. Crianças que crescem admirandos personagens (reais ou imagináveis) que tiveram estas peculiaridades em seu caráter e o resultado de serem assim. É valido observar que muitas vezes a criança pode se chocar contra o exemplo dos pais, e isto pode estabelecer conflito na mente deles, que pode bloquear a capacidade da criança de aceitar o preceito que lhe esta sendo ensinado. O exemplo deve advir primeiro de dentro de casa, dos próprios pais a ela. (HANCOOK, 1980).

 

    “Ensina a criança o caminho que deves andar, pois quando for adulta não se desviara dele”... (PROVERBÍO)

 

 

E terceiro Hancook, (1980) fala do treinamento cuidadoso; o treinamento difere do ensino. “O ensino leva a criança ao conhecimento e a compreensão do dever; o treinamento influência e leva ao cumprimento desse dever, pois o ensino lida com a mente, e o treinamento com a vontade”. (HANCOOK, 1980).

Os hábitos[2] influenciam a pessoa e, se são desenvolvidos bons hábitos de ação e reação, o resultado será um bom caráter, ou pelo menos a tendência mais forte possível no sentido do bom caráter. (HANCOOK, 1980).

Por isso, nesse contexto a palavra tem um grande poder de na formação do caráter das crianças; quando falamos a verdade com ela, quando evitamos as “meias verdades”, “as mentiras sociais” “os fingimentos”, “o faz de conta”, devemos lembrar que a imaginação das crianças não tem fim, nem sempre sabemos onde começa a imaginação e termina a realidade ou vice versa. (HANCOOK, 1980).

A criança pequena não sabe o que pensar de si mesma, não sabe se é ruim ou boa, inteligente ou burra; ela vai aos poucos construindo os conceitos de si através do relacionamento com seus pais, e da forma como seus pais a vê, e também o que eles dizem a seu respeito. (PIMENTEL 2003).

Quando alguém diz: “você é burra”, pode ser que na verdade disse isto querendo que ela aprenda, porém, suas palavras poderão esta dizendo que a vê como burra, e isto pode causar um bloqueio na criança, e assim, tornar-la insegura, incapaz para aprender, e acaba muitas vezes não aprendendo mesmo aprender, pois a palavra negativa criou um obstáculo para ela. (PIMENTEL 2003).

As palavras que saem da boca dos pais podem ferir e afastar os filhos, pois muitas de nossas palavras criam barreiras, pais acham que palavras duras podem ser mecanismos de correção para aprimorar os filhos, quando não são. (PIMENTEL 2003).

Se quisermos filhos fortes que se tornarão adultos fortes, é importante sempre que possível reconhecer algum valor na atitude da criança, mesmo que a criança faça algo que não seja lindo aos olhos de seus pais, estes não devem desvalorizá-lo, e assim ela vai gradativamente melhorando. Pais precisam olhar para seus filhos como uma dádiva especial em suas vidas, assim fazendo veria menos defeitos e mais qualidades e motivos para se sentir satisfação e orgulhoso por este filho, sem deixar de orientá-lo, dar limites e corrigir devidamente.

Precisamos lembrar que não é só o poder da palavra negativa que proferimos que causam efeito, devemos lembrar a palavra positiva também pode trazer conseqüências rins; não pela palavra em si, mais pelas pessoas a quem estamos nos referindo; um pai, por exemplo, pode dizer uma palavra boa a um filho e não tão boa ao outro, e este filho sentir inveja por esta palavra, por isso, pais precisam saber tratar a cada filho de acordo com seu caráter. (PIMENTEL 2003).

 

 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

CABASSU, G. Palavras em torno do berço. In: WANDERLEY, D.B. Palavras em torno do berço. Agalma : Salvador, 2003, p. 21-22.

 

DOLTO, Françoise. As etapas decisivas da infância. 1a.ed. Martins Fontes : São Paulo, 1999.

 

LONGO, L. Linguagem e Psicanálise. Ed.Jorge Zahar. Rio de Janeiro, 2006.

 

MUSSEN, P.H. Desenvolvimento e personalidade da criança. 4ª Ed. Editora Harper & Row do Brasil LTDA. São Paulo, 1977.

 

MATURANA, Humberto. Emoções e linguagem na educação e matemática. Editora MG: Belo Horizonte, 2002.

 

PIMENTEL, E. O poder da palavra dos pais. 4ª ed. Apta: Campinas, 2004.

 

THIS, Bernard. O Pai: ato de nascimento. Arte Medica: Porto Alegre, 1987.

 

OLIVEIRA, M. K. Coleção Grandes Educadores: VYGOTSKY. Atta Mídia e Educação: São Paulo. 41 min. DVD. 2000.

 

OLIVEIRA, M. K. Aprendizado E Desenvolvimento: Um Processo Sócio-Historico. Ed.Spcipione. São Paulo, 1997.

 

ROSSET, M.S. Pais e Filhos: uma relação delicada. Ed. SOL. Curitiba, 2003.

 

WEBSTER, D. Querido Papai. Ed. CPAD. Rio de Janeiro, 1996.

 

MELO E. R. N. B. O Sujeito: Efeito De Uma Fala. Revista Veredas. http://veredas.traco-freudiano.org/veredas-10/txt-eliane.doc/20/09/2008

 

HANCOCK, M. A Crianças Em Formação. Ed. Vida. Miami, Florida, 1980.

 

GAIARSA, J.Â. Minha Querida Mamãe. Ed. Gente. São Paulo, 1992.

 

pt.wikipedia.org/wiki/Linguagem/19/08/2008

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



[1] Caráter em psicologia é o termo que designa o aspecto da personalidade responsável pela forma habitual e constante de agir peculiar a cada indivíduo; esta qualidade, é inerente somente à uma pessoa, pois é o conjunto dos traços particulares, o modo de ser desta; sua índole, sua natureza e temperamento como também um conjunto das qualidades, boas ou más, determinam a conduta e a concepção moral; seu gênio, humor, temperamento, este, sendo resultado de progressiva adaptação constitucional do sujeito às condições ambientais, familiares, pedagógicas e sociais, O caráter de uma pessoa pode ser dramático, religioso, especulativo, desafiador, covarde, inconstante. ( Wikipedia, 2008).

 

[2] Skinner argumenta que a linguagem, como outras funções comportamentais, são aprendida através do condicionamento operante, no reforça mento seletivo, a criança é gradativamente reforçada por aproximação cada vez mais do adulto, e ela aprende a imitar as respostas de fala de seus pais através de reforçamento, assim como aprende a fala, aprende as situações adequadas para cada resposta e para Skinner o comportamento verbal deve esta sob o controle da estimulação ambiental (MUSSEN 1977)