A neuropsicológica é um ramo da psicologia e da neurologia, que estuda a interface entre o cérebro e o comportamento humano. Ela dedica-se a investigar como diferentes lesões causam déficits em diversas áreas do comportamento e da cognição humana como medula espinhal, o conjunto formado pelo tronco cerebral e cerebelo, diencéfalo e hemisférios cerebrais.
Outro tema que gera muitas polêmicas é a questão da neurogênese por isto a necessidade de apoio teórico para entendermos mais está área do cérebro vejamos as teorias já desenvolvidas é que não há nascimento de novos neurônios em humanos adultos, teoria corroborada por Pasko Rakic, da Universidade de Yale, que afirmou em artigo publicado na revista Science que a neurogênese não ocorre no cérebro de primatas (RAKIC, 1985).
Desde então a estabilidade do número de neurônios é usada para explicar o processo de aprendizagem contínua e memória (RAKIC, 1985). Além de justificar a inevitável degradação das funções nervosas com o avanço da idade.
Mas esta teoria não é aceita por todos. Um grupo de pesquisadores liderados por Elizabeth Gould usou técnicas mais recentes e mostrou que o nascimento de novas células nervosas era sim possível em primatas adultos (GOULD et al, 1998 GOULD et al, 1999). O mais importante é que os novos neurônios foram encontrados em locais supostamente responsáveis por funções complexas, como memória.
O antigo dogma já vinha sendo desmantelado aos poucos, porém supunha-se que a neurogênese somente seria possível em locais menos evoluídos do cérebro. Por isso, os estudos de GOULD foram revolucionários, se referem à área mais complexa: o córtex. Diferentes da neurogênese têm o sistema de unidades funcionais que foi muito difundida por muitos autores porém sem tantas controvérsias ,como coloca Lúria que elaborou a teoria do sistema funcional, fazendo uma revisão dos termos função, localização e sintoma.
O termo função foi substituído por sistema funcional, que se refere a um conjunto de áreas que trabalham em concerto para desempenhar um objetivo final. Dessa forma, a localização de sistemas funcionais não poderia ser definida em áreas limitadas do cérebro ou de seu córtex e passou a ser denominada como zonas ou áreas funcionais, nas quais cada área possui uma função dentro de uma área maior. Por último, sintoma passa a denominar-se análise sindrômica, para referir-se à comparação de todos os sintomas que surgem com lesões de um foco estritamente localizado e uma análise exaustiva da natureza de um distúrbio desse sistema por lesões cerebrais em diferentes locais.
Portanto, de acordo com a teoria de sistema funcional, elaborada por Lúria, as funções mentais organizam-se em sistemas de zonas que trabalham em concerto, cada qual exercendo seu papel específico dentro do sistema. No entanto, se uma lesão ocorrer em um único local ou lesões ocorrerem em locais diferentes, todo o sistema funcional pode ser perturbado.
Dentro dessa concepção, o cérebro humano é composto por três unidades funcionais básicas, sendo estas, necessárias para qualquer tipo de atividade menta. Baseado nos estudos que temos feito, com base nas teorias que temos lido percebemos a importância da genética é possível não observar isto nas colocações anteriores, a genética está inserida em nós de maneira direta, e o meio faz de nós o que somos, o meio determinara o que o individuo será, por isto é correto dizer que tanto o meio quanto a genética exercem igual influência na vida do individuo, ou seja uma completa a outra.
Como o homem sofre influência do meio e da genética, ele sente a necessidade de estar sempre se conhecendo e isto só é possível através de seus estudos temos este exemplo em Penfield ou seja os homenzinhos de Penfield. Penfield foi o primeiro cientista a explorar com grande detalhe e precisão as características da somatotopia motora e sensorial no homem, corroborando de forma definitiva, como ela existia, suas características invertidas e contralaterais em representação de partes do corpo mas, sobretudo, quanto à proporcionalidade das áreas corticais às funções periféricas, como precisão do movimento muscular, ou densidade de receptores na superfície do corpo.
Como uma síntese dos seus resultados, ele foi capaz de fazer mapas, que foram denominados de homúnculos corticais (tanto sensoriais quanto motores). Os homúnculos apareciam, então, como desenhos grotescamente deformados do corpo humano, causando grande impressão entre os neurocientistas e também na mídia.
Diante de todos os pontos que foram abordados não temos como separar a neuropsicológica da psicopedagogia pois observamos que elas estão entrelaçadas por terem caráter interdisciplinar, além de visarem a capacidade e o potencial de cada individuo. É possível concluir que o individuo partindo deste principio é atendido de maneira inteira e não fragmentada.
Marcelo R.Rocha