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“Concedei-nos, Senhor, a SERENIDADE necessária para aceitar as coisas que não podemos modificar.CORAGEM para modificar aquelas que podemos, e SABEDORIA para distinguir umas das outras.”



  Marcelo Rodrigues Rocha 
PSICANÁLISE, EDUCAÇÃO E HIPERA

PSICANÁLISE, EDUCAÇÃO E HIPERATIVIDADE.

Partindo das experiências vivenciadas na educação e trabalhando com crianças e adolescentes em situação de risco, me deparo constantemente com indivíduos com dificuldades de aprendizagem.

Sabemos pela formação pedagógica que adquirimos que, o ato de aprender é constante e contínuo na vida do ser humano. A aprendizagem é sempre construída nas relações com outras pessoas. Por essa razão, o papel do adulto é essencial no processo do ensino e da aprendizagem, porque exerce a função de intermediário entre o educando e o objeto do conhecimento.

Na escola, o professor é a peça principal de um conjunto de fatores que compõe este processo. Vale dizer, que quando existe afeto, respeito e compreensão na relação entre professor e aluno, conseqüentemente este aluno, sente-se feliz e motivado para dedicar-se por inteiro ao ato de aprender, estando assim, mais propenso ao sucesso nas suas relações e aprendizagens.

Não podemos negar o outro lado, o fato que vamos nos deparar com alunos com dificuldades de aprendizagem, e que neste tempo desenvolvemos uma prática de auto-avaliar e, na maioria das vezes ouço professores dizendo dos meninos que atendo, “ele é hiperativo”. Para  MARCHESI  cita Vigotsky (1995) dizendo: “O ambiente escolar torna-se, muitas vezes, um lugar de imposição, tortura e descontentamento, pois ensinar é transmitir conhecimento, e esta é a meta da escola, mas na verdade a escola tem como finalidade o papel de educar e preparar o conjunto de diversas crianças com suas particularidades e desenvolver seu potencial, singular e único para assim se sentirem importantes, capazes e úteis no meio social”.

O psicopedagogo precisa com estas crianças e adolescentes, em um primeiro plano já pré diagnosticados, busca os reais motivos das dificuldades de aprender, em sua grande maioria, necessitam apenas de alguém e encaminhamentos adequados para atender cada especificidade.  Hoje existem vários métodos educacionais foram desenvolvidos no auxilio das crianças com dificuldades de aprendizagem. Em muitos destes métodos não considera a palavra da criança ou não à leva a se escutar, não havendo nenhuma manifestação de seu desejo, e ou mesmo seus conflitos bloqueadores da aprendizagem; e sim a uma serie de atividades motoras.

Não desconsidero nenhum método, cada um será utilizado para atender cada caso.  Mais a falta do conhecimento e informações sobre o que realmente atinge cada criança levara a um diagnostico e a uma ajuda eficaz. Aprendemos a chamar tudo de hiperatividade, e estes erros estão cometendo constantemente, pois não sabemos lidar com essas crianças. Não buscamos os verdadeiros motivos de seus conflitos que a leva a ter uma atitude hiperativa.

A escola necessita ainda saber como se sentem e como vivem estas crianças ditas hiperativas e do seu esforço em tentar modificar suas atitudes.

Escola e professores e profissionais da saúde que enfrentam esse desafio de terem crianças com comportamento hiperativo precisam se adaptar às suas peculiaridades tirando seus pré-julgamentos buscando encaminhamentos adequado às necessidades de cada educando.

Por isso a psicanálise tem sido um dos recursos empregados na educação, na utilização do poder das palavras, ou como o conflito entre o eu e uma idéia incompatível com suas exigências. Freud visa a sublimação pela educação que são fornecidas pelas pulsões sexuais parciais e claras. Portanto uma ação educativa que se propõe a desenraizar o “mal’ em que nasce a estaria atacando a fonte de um” bem” futuro.

Nem a educação, nem a psicanálise poderão prometer um bem. Sabemos que aqueles que a procuram, vêm em busca desta felicidade. E é com esta busca da felicidade que o sujeito da psicanálise entrará no dispositivo analítico transferindo para o analista uma suposição de saber.

 

 

REFERÊNCIA

MARCHESI, A. Necessidades Educativas Especiais e Aprendizagem Escola. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.