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“Concedei-nos, Senhor, a SERENIDADE necessária para aceitar as coisas que não podemos modificar.CORAGEM para modificar aquelas que podemos, e SABEDORIA para distinguir umas das outras.”



  Marcelo Rodrigues Rocha 
DIFICULDADES DA MATEMATICA

ESTRATEGIAS DE INTERVENÇÃO NAS DIFICULDADES DA MATEMÁTICA

 

Para iniciarmos esta discussão de como se deve trabalhar matemática na educação, podemos nos basear em um pensamento bastante importante em todas as áreas do conhecimento:

 

 "O trabalho principal do professor não é fazer os alunos se debruçarem sobre livros didáticos, mas em debruçar-se sobre a realidade, tentando entendê-la”.(Vasconcellos, 1995).

 

 

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 Partindo deste pressuposto, podemos realmente dizer que será feito um bom trabalho, diferente do que se pensa a matemática existe para ajudar na compreensão da realidade, e não para confundi-la.

            Para ensinar a pensar, precisamos deixar que os estudantes pensem e construam os resultados e as provas mesmo que incorretas. Deixá-los aprender também a julgar por si o que é exato. Não se deve forçá-los a aceitar os fatos, pois a final de contas aprender matemática não é como se estivesse arrumando umas malas colocando peça sob peça, os alunos devem estar preparados para tomar suas próprias conclusões. Para que se possa trabalhar conteúdos matemáticos de maneira eficientes é preciso que saiba mais a fundo questões relacionadas com a matemática, tais como o que é? Para que serve? Como ensinar e o que ensinar.

            Primeiramente a matemática existe desde que o homem surgiu, ou seja, desde o seu aparecimento o homem está envolvido com a matemática, pois ela procura atender às necessidades de suas condições de vida. E sua origem, a matemática constituiu-se a partir de uma coleção de regras isoladas, decorrentes da experiência e diretamente conectadas com a vida diária. Não se tratava, portanto de um sistema lógico, ao longo da história muita “matemática" foram criadas em função das diferentes necessidades socioculturais e políticas de distintas épocas e sociedades.

            Os tempos passaram e a matemática surgida na antigüidade, por necessidades da vida cotidiana converteu-se o sistema numérico, que  conhecemos nos dias de hoje, conferindo a matemáticas dois aspectos distintos porém interligados um ao outro, o caráter formalista, ou seja cálculos matemáticos e o prático, a aplicação do conhecimento matemático já construído. Sendo assim a Matemática é a ciência que através deste dois caracteres permite o estudo das relações estabelecidas entre o homem e a realidade que o cerca.

            A Matemática então tem como seu principal objetivo organizar estruturas do pensamento que favoreçam o desenvolvimento do raciocínio lógico, das capacidades abstratas, de generalização, previsão, projeção, ou seja, é aplicar conceitos matemáticos na resolução de diferentes problemas da realidade e na construção de conceitos em outras áreas do conhecimento.

            O estuda da matemática, desvinculado do conhecimento da evolução e da importância nas transformações socioculturais e tecnológicas, seria uma tarefa no mínimo desmotivante, portanto o ensino da matemática deve iniciar de maneira completamente concreta, é preciso mostrar a criança uma matemática viva, dinâmica, construída ao longo da história da humanidade e que se desenvolve cada vez mais para atender às necessidades do mundo.

            E para complementar, os PCNs trazem no art.11 a seguinte afirmação:

 

"O ensino da matemática prestará sua contribuição à medida que forem exploradas metodologias que priorizem a criação de estratégias, a comprovação a justificativa, a argumentação, o espírito crítico e favoreçam a criatividade, o trabalho coletivo, a iniciativa pessoal e a autonomia advinda do desenvolvimento da confiança na própria capacidade de conhecer e enfrentar desafios”.(PCNs)

           

Agora já é possível aprofundarmos mais nossa discussão sobre o ensino da

Matemática.

           É importante estabelecer uma diferença entre o que é uma dificuldade de aprendizagem e um quadro de Transtorno de Aprendizagem. Muitas crianças em fase escolar apresentam certas dificuldades em realizar determinadas tarefas, que podem surgir por diversos motivos, tais como: problemas nas propostas pedagógicas, capacitação do professor, problemas familiares ou déficits cognitivos, entre outros. A presença de uma dificuldade de aprendizagem não implica necessariamente em um transtorno, que se traduz por um conjunto de sinais e sintomas que provocam uma série de perturbações no aprender da criança, interferindo no processo de aquisição e manutenção de informações de uma forma acentuada.

Os Transtornos de Aprendizagem:

           Compreendem uma inabilidade específica, como leitura, escrita ou matemática, em indivíduos que apresentam resultados significativamente abaixo do esperado para o seu nível de desenvolvimento.

Dificuldade de aprendizagem

           É um termo geral que se refere a um grupo heterogêneo de transtornos manifestados por dificuldades significativas na aquisição e uso da escuta, fala, leitura, escrita, raciocínio ou habilidades matemáticas. Estes transtornos são intrínsecos ao indivíduo, supondo-se que são devido à disfunção do sistema nervoso central, que pode ocorrer ao longo do ciclo vital. Podem existir junto com as dificuldades de aprendizagem, problemas nas condutas de auto-regulação, percepção social e interação sociais, mas não constituem por si próprias, uma dificuldade de aprendizado. Ainda que as dificuldades de aprendizado possam ocorrer concomitantemente com outras condições incapacitastes como, por exemplo, transtornos emocionais graves ou com influências extrínsecas (tais como as diferenças culturais, instrução inapropriada ou insuficiente), não são o resultado dessas condições ou influências.

 

Atividades lúdicas como forma de intervenção nas dificuldades da matemática

 

        Quando uma criança brinca, ela demonstra prazer em aprender e tem oportunidade de lidar com as suas pulsões em busca das satisfações de seus desejos. Ao vencer as frustrações ela aprende a agir estrategicamente. O jogo é uma estratégia de intervenção muito usada nas dificuldades da matemática.

Outra estratégia de intervenção é o registro das jogadas tanto as eficientes como as frustradas. Por meio de dialogo com trocas de componentes das equipes e      principalmente enfatizando a importância das opiniões contrarias para descobertas de estratégias vencedoras e resultados positivos.

            Para que um jogo sirva de instrumento de intervenção nas dificuldades da matemática é necessário que o jogo seja escolhido e trabalhado com o intuito de fazer o aluno ultrapassar a fase da mera tentativa ou erro, e passa a jogar pela diversão.

            Os jogos são capazes de desenvolver habilidades de raciocínio lógico e intuitivo; os jogos são instrumentos para exercitar e estimular um agir e pensar. O jogo para o ensino representa em sua essência uma mudança de postura do professor em relação ao que é ensinar matemática, ou seja, o papel do professor muda de comunicador de conhecimento para observador, organizador, consultor, mediador, interventor, controlador, incentivador da aprendizagem e do processo de construção do saber.

              Atividades lúdicas tais como os jogos estão presentes em todas as situações de aprendizagem, independente da serie, pois atividades lúdicas são um material riquíssimo para o desenvolvimento da matemática,

Desta forma é possível concluir que o jogo deve estar inserido em todas as atividades, inclusiva da matemática.

 

RACIOCÍNIO LÓGICO-MATEMÁTICO E OS BLOCOS LÓGICOS

 

            A inteligência é algo difícil de mensurar; temos inteligências diversificadas, e umas mais evidenciadas do que outras. Criada pelo educador norte-americano Howard Gardner, a teoria das inteligências múltiplas ganhou grande destaque no meio educacional a partir do início da década de 90. O psicólogo estabeleceu vários critérios para que uma inteligência seja considerada como tal, desde sua possível manifestação em todos os grupos culturais até a localização de sua área no cérebro. Ele próprio identificou sete inteligências, e dentre elas destacaremos a inteligência lógico-matemática, que determina a habilidade para raciocínio dedutivo, além da capacidade para solucionar problemas envolvendo números e demais elementos matemáticos. É a competência mais diretamente associada ao pensamento cientifico. A lógica matemática é fundamental no desencadeamento de outras aprendizagens (a da escrita, por exemplo) e seu desenvolvimento se dá paralelamente ao do juízo moral.

            Num nível mais elementar, é também responsável pelas habilidades de dedução, indução e antecipação de ações ou reações futuras em determinados contextos.O raciocínio lógico-matemático é fundamental para todas as áreas da evolução do indivíduo. Essa assertiva pode ser mais bem compreendida se deixarmos de ver os vários campos de evolução da criança (social, moral, motor, lógico...) como unidades desarticuladas. Esses desenvolvimentos ocorrem simultaneamente e interligados, trocando interferências e com inserções tão grandes uns nos outros que, numa análise mais cuidadosa, podemos ver traços do desenvolvimento de uma área dessas em ações em outros campos que aparentemente não teriam ligação.

Uma criança entenderá melhor o número e as operações matemáticas se puderem torná-los palpáveis. De fato, materiais concretos como pedrinhas, barras e blocos lógicos, fazem as crianças arrancar no raciocínio abstrato. Particularmente, os blocos lógicos não ensinam a fazer contas, mas exercitam a lógica. Sua função é dar às crianças a chance de realizar as primeiras operações lógicas, como correspondência e classificação, ­ conceitos que para os adultos são automáticos quando pensamos nos números. Segundo Piaget, a aprendizagem da Matemática envolve o conhecimento físico e o lógico-matemático. No caso dos blocos, o conhecimento físico ocorre quando a criança pega, observa e identifica os atributos de cada peça. O lógico-matemático se dá quando ela usa esses atributos sem ter o material em mãos (raciocínio abstrato).

 

Atividade que pode ser desenvolvida com os blocos lógicos

Material: um jogo de blocos lógicos, cinco dados com atributos (cores, tamanhos, formas, espessuras, quantidades).

Desenvolvimento: Classificação segundo um ou vários atributos. Joga-se um ou vários dados e a criança deverá encontrar uma peça de acordo com os atributos que a face de cima dos dados ilustrará. Assim continua a brincadeira.

Com crianças de Maternal I (1 ano e meio a 2 anos) pode-se usar os atributos de cor e tamanho. Com Maternal II (2 a 3 anos), cor/ tamanho/ forma. E a partir do Pré I (3 a 4 anos), pode-se utilizar todos os atributos.

Dinâmicas:

·        Adivinhando o resultado mental dos indivíduos:

Pede-se que as pessoas pensem em um numero (?),(qualquer um) e em seguida o instrutor da dinâmica pede que eles multipliquem (x) este numero que eles mentalizaram por dois, em seguida ele pede que some (+) pela quantia sugerida pelo instrutor, depois divida por dois (/) e em seguida, menos (-) o numero que a pessoa havia pensando, o resultado o instrutor vai adivinhar, mesmo sem saber qual foi o numero que a pessoa havia mentalizado.

 

·        Some quinze

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Colocando o numero 5 no centro do jogo da velha,deve-se encaixar os números 1,2,3,4,6,7,8,9, sem repetir de maneira que todos os lados e anglos do joga da velha somem o valor  quinze